Pedaços de beleza

Caçando carneirosDois trechos (com alguma edição) do capítulo III de “Caçando Carneiros”, do Haruki Murakami, um escritor e tradutor japonês pra lá de interessante, grande conhecedor de jazz — teve um bar de jazz chamado “Peter Cat” —, uma das influências ocidentais que atravessam os seus livros.

Só mais duas coisas: 1) talvez depois que eu leia “Norwegian Wood”, outro livro dele há tempos lá na estante da sala, ponha algum trecho por aqui também; e 2) os motivos pelos quais escolhi esses trechos eu explico em outra oportunidade. Por enquanto basta o título do post, deixe que agora o Murakami diga o resto.

***********

Caçando Carneiros

 

Haruki Murakami

Tradução de Leiko Gotoda

Capítulo III
Setembro de 1978
1
O pênis da baleia e a mulher de três profissões
(p. 37-49)


Dormir com uma mulher pode parecer um acontecimento de extrema importância ou, ainda, pode não parecer absolutamente nada. Em outras palavras, existe sexo como autoterapia e sexo como passatempo.
Existe sexo do tipo autoterapia do começo ao fim e existe sexo do tipo passatempo de cabo a rabo; sexo que é terapêutico no começo, apenas para terminar como passatempo, e vice-versa. É difícil explicar, mas nossa vida sexual difere fundamentalmente da vida sexual de uma baleia.
Não somos baleias – é uma proposição de suma importância em minha vida sexual.

*

Quando eu era pequeno, existia um aquário a trinta minutos de bicicleta da minha casa. Um silêncio gelado, aquático, reinava no local, onde apenas se ouvia um ocasional espadanar. Eu era quase capaz de sentir um monstro semimarinho respirando em algum canto do corredor escuro. (…)
Não mantinham baleias no aquário, naturalmente. Eram grandes demais e não caberiam ali, mesmo que todas as paredes fossem derrubadas, transformando o aquário inteiro num único tanque. Em vez disso, mantinham um pênis em exposição. Um sucedâneo, por assim dizer.
Desse modo, passei os anos mais impressionáveis de minha infância contemplando não uma baleia, mas um pênis de baleia. Toda vez que me cansava de perambular pelos frios corredores do aquário, ia para o meu sofá no silêncio estanque da sala de exposição de pé-direito alto, e ali permanecia horas a fio contemplando aquele pênis de baleia.
Às vezes ele me lembrava uma palmeira-anã enrugada; em outras, uma gigantesca espiga de milho. De fato, não fosse pela placa – GENITÁLIA DE BALEIA: MACHO – ninguém haveria de perceber que aquilo era um pênis de baleia. Mais parecia uma relíquia desenterrada do deserto da Ásia Central que produto do oceano Atlântico. Não tinha semelhança alguma com o meu pênis, nem com nenhum que eu já tivesse visto. Além disso, o pênis amputado exsudava uma singular e de alguma maneira indescritível aura de tristeza.
Esse gigantesco pênis me veio à mente depois da minha primeira experiência sexual com uma garota. Que caprichos do destino, que tortuosas rotas marítimas o teriam trazido àquela cavernosa sala de exposição? Meu peito doía ao pensar naquilo. Não havia vislumbre de esperança. Mas eu tinha apenas dezessete anos e era obviamente jovem demais para me desesperar de tudo. E a partir de então passei a pensar da seguinte maneira:
Não somos baleias.

Agora, na cama com uma nova namorada e correndo os dedos por seus cabelos, pensei na baleia por um longo tempo.
No aquário das minhas lembranças, é sempre fim de outono. O vidro do tanque está gelado e eu visto uma malha grossa. Do outro lado da janela panorâmica da sala de exposição, o mar é escuro, cor de chumbo, as incontáveis ondas de espumante crista branca lembrando golas de renda em vestidos de meninas.
— Em que você está pensando? — perguntou-me.
— Em algo muito antigo — respondi.

*

Ela tinha 21 anos, atraente corpo esguio e um par de orelhas das mais perfeitas, fascinantes. Era revisora free lance numa pequena editora, modelo fotográfico de orelhas e garota de programa num elegante clube, do tipo composto apenas por gente fina, bem conhecida. Qual das três ocupações era a principal eu não sabia. Nem ela. No entanto, se me perguntassem qual delas revelava o seu verdadeiro perfil, eu diria que ela se apresentava com maior naturalidade no papel de modelo de orelhas. Assim pensava eu, e ela concordava. (…)
— Mas não é assim, na realidade — explicava ela. — Eu sou as orelhas, as orelhas são eu.
Nem o “eu” revisora, nem o “eu” garota de programa mostravam, sequer por um segundo, as orelhas.
— Porque esses não são o “eu” verdadeiro — explicou.

(…) [N]ada havia de especial em sua aparência. Tinha um rosto comum e vestia-se com simplicidade, mais ou menos como uma cantora de coral em faculdade de segunda linha. Obviamente isso não me incomodou. O que realmente me decepcionou foi ver que ela ocultava por completo as orelhas debaixo dos cabelos lisos, caídos sobre os ombros.
— Você escondeu as orelhas — comentei em tom abusado.
— A-hã — disse ela, também abruptamente.
(…)

Sem saber como abordar o assunto, contemplei em silêncio por algum tempo os tocos no cinzeiro sobre a mesa.
— Você queria falar de negócios — ajudou-me ela.
— Como já disse ontem, o trabalho foi totalmente concluído. Não houve problemas também. Portanto, nada tenho a falar sobre esse assunto.
Ela retirou um fino cigarro mentolado de uma divisão da bolsa, acendeu-o com o fósforo do restaurante, e fitou-me com ar interrogativo.
No momento em que me dispunha a falar, o maître se aproximou de nossa mesa com passadas confiantes. Sorrindo orgulhosamente, mostrou-me o rótulo do vinho, como se exibisse a foto de um filho único. Quando me viu assentir com um movimento da cabeça, fez a rolha saltar com um discreto e agradável estampido e verteu um pouco em cada copo. O aroma do vinho equivalia ao preço de toda a refeição.
Quando o maître se retirou, dois garçons o substituíram e depositaram sobre a mesa três travessas e dois pratos. Depois que se foram, estávamos novamente sozinhos.
— Eu precisava ver suas orelhas de qualquer jeito — eu disse com sinceridade.
Ela serviu-se de patê de foie de baudroie e tomou um gole de vinho.
— Estou sendo inconveniente? — perguntei.
Sorriu com discrição. Este delicioso jantar não tem nada de inconveniente.
— Incomoda-se de discutir suas orelhas?
— Não muito. Depende do ângulo.
— Será do ângulo que lhe agradar.
Levou o garfo à boca e sacudiu a cabeça.
— Fale francamente. Esse é o ângulo que mais me agrada.
Por instantes mantivemo-nos em silêncio, apreciando o vinho e dando continuidade à refeição.
— Viro uma esquina — eu disse. — E, então, percebo que alguém à minha frente acabou de dobrar a próxima esquina. Não vejo quem é. A única coisa que vislumbro é um pedacinho da manga branca. Mas a alvura dessa manga queima por muito tempo na retina, não consigo me livrar dela. Sabe do que estou falando?
— Acho que sim.
— Suas orelhas me passam essa sensação.
Tornamos a comer em silêncio. Verti mais um pouco de vinho em seu copo e no meu.
— Você não está falando de uma cena que lhe vem à mente, mas de uma sensação, certo? — perguntou ela.
— Certo.
— Já sentiu algo parecido anteriormente?
Pensei alguns instantes e depois sacudi a cabeça:
— Nunca.
— E são as minhas orelhas que provocam essa sensação?
— Não posso afirmar com certeza. E de que jeito poderia? Além do mais, nunca ouvi falar de uma orelha que provocasse sempre a mesma sensação em determinada pessoa.
— O nariz da Farah Fawcett Majors sempre provoca espirros em alguém que eu conheço. Espirros têm um forte componente psicológico, sabia? Uma vez estabelecida a relação entre causa e efeito, fica difícil livrar-se deles.
— Não sei muita coisa sobre o nariz da Farah Fawcett — eu disse bebendo um novo gole. E então perdi o fio da meada.
— Mas não é disso que você está falando, certo? — tornou ela a me ajudar.
— Certo. Não é bem disso — respondi. — A sensação que suas orelhas me transmitem é incrivelmente vaga, mas ao mesmo tempo bastante sólida, de algum modo – expliquei, afastando as mãos a quase um metro uma da outra, para depois aproximá-las a quase cinco centímetros.
— Não consigo explicar direito.
— Um fenômeno sólido originado em fatores vagos.
— Isso mesmo — eu disse. — Você é quase sete vezes mais inteligente do que eu.
— Fiz um curso por correspondência.
— Curso por correspondência?
— Exato. De psicologia.
Repartimos o patê restante. Tornei a perder o fio da meada.
— E você não consegue ver claramente a correlação entre as minhas orelhas e essa sensação, acertei?
— Acertou – respondi. — Em suma, não consigo perceber se são as suas orelhas que exercem atração direta sobre mim, ou se alguma coisa serve-se delas para me atrair.
Com as duas mãos sobre a mesa, ela moveu os ombros levemente.
— Essa sensação é agradável ou desagradável?
— Nenhuma das duas. Ou ambas. Sei lá.
Ela envolveu o copo com as mãos e me contemplou por instantes.
— Você tem de aprender a expressar melhor suas emoções, sabia?
— E também a descrevê-las — acrescentei.
Ela sorriu.
— Mas não importa. Acho que compreendi em linhas gerais o que você quis dizer.
— E então, diga-me: o que devo fazer?
Ela calou-se por um longo tempo. Seus pensamentos pareciam estar longe. Sobre a mesa, restavam cinco pratos vazios. Cinco pratos lembrando uma constelação extinta.
— Escute — disse ela quebrando o silêncio. — Acho que devíamos ser amigos. Isto é, se você concordar, naturalmente.
— Claro que concordo — respondi.
— Amigos muito, muito íntimos — acrescentou ela.
Acenei concordando.
E assim nos tornamos amigos muito, muito íntimos. Nem trinta minutos depois de nos conhecermos.

*

— Na qualidade de amigo íntimo, gostaria de lhe fazer uma pergunta — eu disse.
— Pergunte.
— Em primeiro lugar, quero saber por que você não mostra suas orelhas. Em segundo, se elas um dia exerceram um poder especial sobre alguém que não eu.
Ela se manteve em silêncio contemplando fixamente as próprias mãos sobre a mesa.
— São diversos os motivos — disse ela com calma. — Diversos?
— A-hã. Mas, resumindo, deve ser porque acabei me habituando com o “eu” que não mostra as orelhas.
     — Quer dizer que o “eu” que mostra as orelhas é diferente do “eu” que não mostra?
— Assim me parece.
Os dois garçons recolheram nossos pratos e nos serviram a sopa.
— Não quer me falar um pouco sobre o “eu” que mostra as orelhas?
— O fato se deu há tanto tempo que acho difícil falar sobre isso. Para ser sincera, nunca mais mostrei as minhas orelhas a ninguém desde os meus doze anos.
— Mas você as mostra quando trabalha como modelo fotográfico, certo?
— Certo — disse ela. — Mas aquelas não são as minhas orelhas verdadeiras.
— Como não são?
— São orelhas bloqueadas.
Sorvi duas colheradas da sopa, ergui o rosto e a encarei.
— Não quer me falar mais um pouco sobre as orelhas bloqueadas?
— Orelhas bloqueadas são orelhas mortas. Eu mesma as mato. Isto é, interrompo a comunicação intencionalmente… Compreendeu?
Não muito, na verdade.
— Faça perguntas — ordenou.
— Quando você diz que mata as orelhas, está querendo dizer que deixa de ouvir?
— Nada disso. Continuo ouvindo muito bem. Mas as orelhas estão mortas. Você também consegue.
Depositou a colher de sopa na mesa, corrigiu a postura, ergueu os ombros quase cinco centímetros, apertou com força o queixo contra o peito e permaneceu nessa posição por dez segundos, findos os quais deixou cair os ombros bruscamente.
— Pronto. Minhas orelhas morreram. Experimente.
Refiz três vezes o processo, mas não senti coisa alguma morrendo. Apenas o vinho pareceu circular mais rápido dentro de mim.
— Minhas orelhas não querem morrer — comentei decepcionado.
Ela sacudiu a cabeça.
— Não faz mal. Para que haveria você de matá-las sem necessidade?
— Posso fazer mais algumas perguntas?
— Às ordens.
— Recapitulando o que me contou: até os doze anos de idade, você costumava andar com as orelhas à mostra. E então um dia as ocultou. E desde esse dia até hoje não as mostrou sequer uma única vez. E, quando tem de mostrá-las, você interrompe a via de comunicação entre o seu consciente e as orelhas. O resumo está correto?
Ela me sorriu com doçura.
— Perfeito. — E o que aconteceu às suas orelhas aos doze anos de idade?
— Não me apresse – disse ela. Estendeu o braço e tocou de leve nos dedos da minha mão esquerda.
— Por favor.

[A pedido dela, ele fala um pouco de sua vida, dizendo-a banal e monótona]

— Quero fazer mais algumas perguntas sobre suas orelhas.
— Se elas têm ou não um poder especial. Acertei?
Assenti balançando a cabeça. — Quanto a isso, prefiro que você descubra sozinho — disse ela. — Mesmo porque, se eu tentasse explicar, estaria apenas dando uma versão totalmente limitada dos fatos, não o ajudaria em nada.
Tornei a concordar balançando a cabeça.
— Posso descobrir as orelhas para você – disse ela quando terminou seu café. — Mas se isso lhe será de alguma valia, nem eu posso saber. Talvez você venha a se arrepender.
— Por quê?
— Porque a monotonia de que você tanto se queixa pode não ser tão consistente quanto você pensa.
— Tanto pior — eu disse.
Ela estendeu o braço sobre a mesa e pousou a mão sobre a minha.
— Mais uma coisa. Não me deixe durante algum tempo, alguns meses, talvez. Concorda?
— Concordo.
Apanhou na bolsa uma presilha preta e a segurou com os dentes. Arrepanhou os cabelos com as mãos e os levou para trás, torceu-os agilmente e os prendeu com a presilha.
— Que tal?
Contemplei estupefato, sem fôlego. Boca seca, a voz me sumiu por completo. A parede revestida de gesso branco ondulou por um breve instante. Vozes e sons de pratos e talheres batendo se dissolveram em rara neblina e o momento seguinte retornaram à normalidade. Ondas murmuraram, o cheiro de um entardecer distante me chegou carregado de nostalgia. Tudo isso, porém, era apenas parte do que senti naquela centésima fração de segundo.
— É… impressionante! — consegui gemer a muito custo. — Você é outra pessoa!
— Você está absolutamente certo — observou.

2
Das orelhas liberadas
(p. 50)

— Você está absolutamente certo — disse ela.
Sua beleza era agora quase irreal. Beleza que eu nunca vira, de um tipo que jamais imaginara existir. Expandida, abrangente como o universo, e ao mesmo tempo condensada como uma geleira. Arrogantemente superlativa, e ao mesmo tempo toda despojada. Aquela beleza ultrapassava qualquer conceito que eu conhecesse. As orelhas e ela eram agora uma unidade, a escorrer pela rampa do tempo como um remoto feixe de luz.
— Você é extraordinária — eu disse com dificuldade depois de recuperar o fôlego.
— Sei disso — replicou.
— Esta é a minha aparência quando libero as orelhas.
Pessoas voltavam-se de outras mesas e nos contemplavam absortas. O garçom que se preparava para reabastecer nossas xícaras de café perdeu a desenvoltura. Um estranho silêncio reinou na sala. Apenas a bobina do gravador continuava a girar lentamente.
Ela retirou o cigarro mentolado da bolsa e o pôs na boca. Aproximei às pressas o isqueiro e o acendi.
— Quero dormir com você — disse ela.
E, assim dormimos.

[Coloquei aqui em 21 de janeiro de 2008. Mas beleza não tem data, então ponho de novo.]

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10 respostas para Pedaços de beleza

  1. Monsores, André disse:

    Vou precisar de tempo pra ler o post inteiro. Só adianto que Norwegian Wood é uma das músicas que mais gosto do repertório dos Beatles.A versão com o Nei Lisboa é belíssima também.

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  2. Ricardo C. disse:

    Tome o seu tempo, André. Mas leve em conta que se ele parece extenso, boa parte dos diálogos tem frases curtas. É um anti-Javier Marías, aquele outro de quem fiz comentários antes.

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  3. Nat disse:

    Desde que você comentou sobre ele lá na cervejinha eu fiquei curiosa, agora entendi o porquê. Belíssimo, vou procurar pra ler inteiro…

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  4. Ricardo C. disse:

    Sou suspeito, Nat, gostei mesmo do livro. Esse trecho foi lido por mim e por uma amiga numa espécie de sarau literário, assunto de que tratarei amanhã ou depois, dada a natureza brega desse tipo de evento, e que merece uma explicação convincente sobre o que é que eu fazia ali, hehehe!

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  5. pingwyn disse:

    Desde que comecei a ler seu blog aguardo voce falar do Murakami..eu sabia que voce tinha lido e gostado..

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  6. Ricardo C. disse:

    Não sei se foi à altura das suas expectativas, Patricia, mas é um pouco do que tinha para dizer sobre o Murakami. Quero ler Minha Querida Sputnick, de que ouvi elogios mil, além de Dance, Dance, Dance. Mas vo aos poucos, pq sempre há muito o que ler!Bjs

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  7. Nat disse:

    Enfim, dois meses e um dia depois, eu acabei de ler neste instante o livro do Murakami. Posso te dizer agora que estou numa espécie de transe, absorta em contemplações sobre vida e solidão. Sobre as diversas formas de invasão de um carneiro, ou de muitos que existem, e principalmente sobre como uma orelha deixa de ter influência sobre uma pessoa.Sei que as percepções são pessoais, mas não posso deixar de te agradecer. De outro modo, jamais saberia deste livro, ou não, não sei. Mas é fato que me fez um bem gigantesco.

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  8. Ricardo C. disse:

    Nat, a tua satisfação com ele me deixa pra lá de contente! Já li mais um dele, Minha Querida Sputnik, mas o Caçando Carneiros me pareceu melhor. E a questão da solidão é mesmo uma constante nos personagens do Murakami. Tenho outro na fila, mas quero dar um tempo nele.beijão

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