Quando vi a sua filha, adorei o contraste. Juntar os meus panos de bunda com uma depressiva-reflexiva, cética até a medula e ainda por cima meio grossa, dessas que não levam desaforo pra casa, foi tudo o que as minhas manias sempre pediram a Deus. Mas a senhora me trapaceou. Validade só de um mês foi sacanagem! Pior: além de embarcar em todas as minhas maluquices, ela nunca mais me deu um esporro bem dado. Unzinho sequer! Tome, faça o que quiser com ela. E pra que eu pegue de volta, só do jeito que a senhora me prometeu: igualzinha a minha mãe.
[Bobagem velha, de dois anos atrás]
Será que nós homens sempre procuramos a figura materna em nossas mulheres?
Se for mesmo assim, tá explicado porque ainda não achei minha cara-metade-encaixe-100%: não pode haver outra mulher mais perfeita que a minha velha… :-))
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Ou melhor: “tão perfeita quanto”…
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Eu acho tudo isso um clichê Freudiano. Se fosse assim, por não conhecer meu pai, eu sairia por aí caçando diversos homens sem ter um padrão de escolha… Opa, peraí, não é que é assim mesmo? hehehe Brincadeirinha…
Eu posso deturpar a realidade em prol de qualquer doutrina que eu aceite. A psicanálise é quase como uma religião.
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Darwinista,
“A perfeição é uma meta
Pretendida pelo goleiro
Que joga na seleção
E eu não sou Pelé nem nada
Se muito for eu sou um Tostão”.
Gilberto Gil
A busca da perfeição ajuda na formação de parâmetros, mas dificulta na hora de encontrar. Tudo bem, a vida é busca. Deus está no meio.
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Ricardo C.,
Não, não tenho blog. Contento-me em ler e/ou comentar em alguns (bons) deles, como o seu, por exemplo.
Mas a sugestão está anotada, e obrigado pela generosidade.
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Leria um blog do Anrafel, com certeza.
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Tá devolvendo a patroa, ou pedindo uma noitada sado, Ricardo Cabral? 🙂
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Nat,
Tem outra ainda. Por vc não ter tido uma referência paterna vc, muito provavelmente, não tem superego…
E toca aqui, pq se for assim, nem eu!(perdi o meu aos 10anos)
o/
Olha, não devo ser a mulher ideal pro meu marido, então…Pq sou absurdamente diferente da mãe dele…
Ah, e ele do meu pai. (mas vcs sabem que é justamente essa diferença que mais me atrai. Seria eu uma filha malcriada?
Ricardo, beijos pra vc!
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Oi Vanessa, desculpe a demora em aparecer, não parei nos últimos dias… Quanto a vc não ser a mulher ideal para o seu marido, de fato, não dá para se pautar no clichê tosco e no arremedo de psicanálise barata que esse mini-conto representa. Estou certo que o que faz com que ele siga grudado em você e você nele tem uma constelação bem ampla de explicações, algumas muito antigas e outras nem tanto, e sempre passíveis de revisão, não?
Beijo grande
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Pingback: Ricardo C.
O problema de desenterrar posts antigos é que os defuntos vem junto…
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