O sujeito, nós dizíamos, começa a análise falando de si sem falar a você, ou falando a você sem falar de si. Quando ele conseguir falar de si a você, a análise estará terminada.
(Jacques Lacan, Escritos, p. 373)
1. Vale para inúmeros processos psicoterapêuticos, não apenas para a psicanálise.
2. Você conhece alguém que consegue verdadeiramente falar de si ao outro? Me apresenta?
Ricardo, quando eu te escrevo, eu tento.
Mas eu só consigo falar verdadeiramente de mim a você quando não estamos, na verdade, falando.
É parte do processo pseudo-terapeutico haha
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Tentar eu acredito que tente, Monsores. Mas para que possa de fato acontecer, é preciso um outro real, com voz própria e que não seja uma construção imaginária sua. Por mais que uma construção dessas seja interessante e útil, ela não chega a ser um tão bom interlocutor.
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Entendo. Faz sentido.
Até porque o interlocutor que crio, na verdade, é parte de mim. E duvido que ele seja imparcial em suas respostas, e até mesmo em suas perguntas. É impossível, não?
Mas eu não consigo encontrar alguém aqui. E você está um tanto quanto longe.
Espero que esteja tudo bem por aí.
Abraço!
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