O Bukowski eu sei, é com acento no "i". Já o Crumb não tenho ideia. (Mes amis, aidez-moi…)

— Você gosta de Crumb?

— Gosto, mas não é todo dia que curto ver o seu universo gráfico.

— E do Bukowski?

— Esse já não tenho muita paciência. O cara pode ser ótimo, mas seus personagens e a temática recorrente  já não me chamam a atenção. Na adolescência eu gostava, tinha aquela coisa transgressora que combinava com a idade. Hoje em dia me entedia (rima besta). Mas não nego que eu queria escrever bem feito ele…

— E com esse tédio todo, por quê você colocou este livro aqui?

— Porque Bukowski, Crumb, essa capa colorida cheia de vulvas e tudo em francês são uma combinação que nunca mais tornei a ver. Além disso, o livreco foi um presente da minha irmã caçula, uns vinte anos atrás. Deu saudade dela. Muita.

A capa é esta

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23 respostas para O Bukowski eu sei, é com acento no "i". Já o Crumb não tenho ideia. (Mes amis, aidez-moi…)

  1. Serbon disse:

    ah, isso vale ouro!!!! 🙂

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  2. Theo G. Alves disse:

    eu ainda mantenho certo furor adolescente, mesmo que os 28 anos já me contrariem um bocado. continuo então encatado com bukowski, também kerouac e fante.

    gostei muito de sua casa.

    abraço!

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    • Ricardo C. disse:

      @Theo, pra começar, a casa é sua, fique à vontade! E creia, ainda guardo os meus Bukovskis na estante, independente de não me empolgar a ideia de relê-los nos dias de hoje — os de amanhã eu não sei…
      Talvez abra exceção para “Crônica de um amor louco”, que por sinal foi adaptado ao cinema pelo Marco Ferreri — e que vale mesmo pela Ornela Muti!

      Abraços

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  3. confetti* disse:

    salut rc !

    crumb, tem séculos que nao vi o traço…sera que envelheceu ?

    mas esse caro hank, ainda leio alguns poemas e novelas ! e sobretudo, tenho os dvds de “barfly” e “factotum”… nesse ultimo, o matt dillon da show de interpretaçao ! é um “prazer” rever tbm mike rourke e faye dunaway tomando todas e se amando como desesperados…

    ( bukowsky com acento no i ??)

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    • Ricardo C. disse:

      @confetti*, do Crumb não sei dizer, mas sobre o vídeo, gostei! E confesso que não me empolguei com nenhum dos filmes, talvez um pouco o segundo.
      (Na verdade é “um certo acento” no “i”. É a pronúncia de vcs aí na França… 😉 )

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  4. Bárbara disse:

    Já passei um pouco da adolescência, mas não me enfastiei ainda com o Bukowski, não. Li apenas o Factótum e Misto-Quente, que achei fantásticos, embora não o coloque na lista de releituras, até porque tenho ainda muitas primeiras leituras a fazer. Mas bem que eu gostaria de conhecer a poesia dele.

    Ah, pena que meu francês está enferrujado…

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    • Ricardo C. disse:

      @Bárbara, vc faz parte dos bons que já deixaram seus recados por aqui, enquanto eu neste post sou voz pra lá de solitária, já que todos gostam do velho safado do Chinaski…

      Abs

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  5. confetti* disse:

    quando leio aquele desespero de hank, parece que vou cair, escorregar, ter um infarto ou perder alguém que amo…devo ser masô, pq toda vez quero sentir esse barato de novo…:-)

    (et puis c’est vrai, on dit bukowski avec un accent sur le i…et le “bu” c’est avec la bouche en coeur…)

    ( ja ouvi um baiano chamando ele de “buqui”…adorei !!)

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  6. confetti* disse:

    rc, nos anos 80 tinha uma revista underground chamada “actuel” que praticamente revelou crumb pro publico frances…ja ouviu falar ?

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  7. Ricardo C. disse:

    Não, confetti*, fiquei muito distante da França nos anos 80, o que é uma pena, diga-se de passagem. Sabe de algum link interessante sobre ela?

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  8. aline disse:

    je le connaissais pas. O.o

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  9. confetti* disse:

    bom dia rc !

    olha, infelizmente actuel,pura maravilha underground, para o qual editei nos anos 90, acabou em 2004 ! ano passado alias morreu jean françois bizot ( o fundador da nova formula da revista)…contei seu enterro la no vicio : ele sabia que estava indo, entao organizou a festa de sua morte( no palais de tokyo, no trocadero) nos minimos detalhes, da musica ao buffet, passando pelos convidados ! foi uma das melhores festas que ja fui, a gente chorando e rindo, descobrindo o valor de estar ali tomando todas em homenagem ao amigo morto…

    aqui um link…mas tem milhares de outros por ai…:

    http://paris70.free.fr/actuel.htm

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  10. confetti* disse:

    ( 2 correçoes :
    o tempo voa, j f bizot moreu em 2007 e nao ano passado e editei na novissima e ultima formula da revista que se chamava “nova mag” !
    sem falar que a tradiçao “actuel” continua perpetuada pela radio nova, la onde oficia um dos maiores conhecedores de musica brasileira DO MUNDO, rémy kolpa kopoul ! )

    http://www.novaplanet.com/

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    • Ricardo C. disse:

      @confetti*, vc é quem mais história boa tem pra contar, além de fontes de tudo pra oferecer: cinema, música, política internacional, inside informations de uma cacetada de assuntos… Além de tudo ainda é uma ótima amiga! (Pena que apenas virtual… sniff!!!)

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  11. aline disse:

    ben ouais. sûre. j’aime bien ce petit bouquin mais je n’en ai jamais entendu parler.

    et je peux même pas dire que je le connais maintenant. il faut faire une petite recherche pour savoir de quoi il s’agit.

    (tiens, c’est la première fois que je parle en français à qualqu’un depuis si longtemps. ça me plaît 😉

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    • aline disse:

      ai, desculpa, eu ainda não aprendi a usar o sistema de “responder”, que é tão bonito e organizado. vivo causando em blogs alheios! 😀

      abraço

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    • Ricardo C. disse:

      Falar e ler ainda vai, mas pra escrever em francês sou uma negação. Preciso voltar às aulas, mas há tanto o que fazer antes…

      E há muito Bukowski por aí, só não sei se ilustrado pelo Crumb. De filmes, além de Barfly e Factotum, há um mais antigo, Crônica de um Amor Louco, dirigido pelo Marco Ferreri, com Ben Gazarra e Ornela Muti. Não é o melhor filme do Ferreri (A Comilança, Ciao Macchio e O Futuro é Mulher me parecem superiores), mas a lembrança da Ornela nesse filme ainda me agrada muito.

      Bjs

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  12. confetti* disse:

    ei rc ! ser elogiada por vc é um barato, tou me achando !

    à part ça, é so deformaçao profissional….:-))

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  13. sizenando disse:

    peço desculpas, mas acho que crônica do amor louco, com toda a reverência obrigatória a ornela, conta com e expõe o talento de ben gazzara.

    sempre vou achar extraordinário r.crumb, sempre estimulante.
    já o velho Bukowski, apesar de sempre respeitável, não é pra se por em pedestal. esqueci o título certo, lembranças de um carteiro ou cartas… não lembro, desculpe, é seu grande trabalho. hilariante, um ritmo louco, envolvente. não coloco em pedestal pque henry miller chegou antes e resolveu a parada.

    mas este livrinho é notável, quero um. o casal deitado, uma luta, o telefone, grande desenho do grande crumb.
    um abraço,

    sizenando

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    • Ricardo C. disse:

      Sizenando, agora quem pede desculpas sou eu, e por conta da demora em te responder.
      Desculpas pedidas, devo dizer que gosto do Ben Gazarra, e de que ele defende com honestinade o papel que lhe coube em Crônica de um Amor Louco. Talvez eu não o tenha em tão alta conta quanto você, mas suponho que seja por eu ter ficado mesmerizado por Ornela nua na janela. Aquelas belas ancas não me saem da memória… 🙂
      Quanto ao livro, ele está todo aí. Espero que tenha gostado, porque como disse, nunca vira esses dois velhos safados juntos.

      Grande abraço!

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  14. Pingback: § jac

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