Observação atualizada (2016):
Esses dados foram retirados da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano de 2007. À época constava o o quadro descritivo copiado mais abaixo.
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Profissional do sexo – Garota de programa, Garoto de programa, Meretriz, Messalina, Michê, Mulher da vida, Prostituta, Puta, Quenga, Rapariga, Trabalhador do sexo, Transexual (profissionais do sexo), Travesti (profissionais do sexo)
Descrição sumária
Batalham programas sexuais em locais privados, vias públicas e garimpos; atendem e acompanham clientes homens e mulheres, de orientações sexuais diversas; administram orçamentos individuais e familiares; promovem a organização da categoria. Realizam ações educativas no campo da sexualidade; propagandeiam os serviços prestados. As atividades são exercidas seguindo normas e procedimentos que minimizam as vulnerabilidades da profissão.
Condições gerais de exercício
Trabalham por conta própria, na rua, em bares, boates, hotéis, porto, rodovias e em garimpos. Atuam em ambientes a céu aberto, fechados e em veículos, em horários irregulares. No exercício de algumas das atividades podem estar expostos à inalação de gases de veículos, a intempéries, a poluição sonora e a discriminação social. Há ainda riscos de contágios de DST, e maus-tratos, violência de rua e morte.
Formação e experiência
Para o exercício profissional requer-se que os trabalhadores participem de oficinas sobre sexo seguro, oferecidas pelas associações da categoria. Outros cursos complementares de formação profissional, como por exemplo, cursos de beleza, de cuidados pessoais, de planejamento do orçamento, bem como cursos profissionalizantes para rendimentos alternativos também são oferecidos pelas associações, em diversos Estados. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos; a escolaridade média está na faixa de quarta a sétima séries do ensino fundamental. O pleno desempenho das atividades ocorre após dois anos de experiência.
Áreas e suas Respectivas Atividades
BATALHAR PROGRAMA |
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Agendar a batalha | Produzir-se visualmente | Aguardar no ponto (esperar por quem não ficou de vir) | Seduzir com o olhar | Abordar o cliente | Encantar com a voz |
Seduzir com apelidos carinhosos | Conquistar com o tato | Envolver com o perfume | Oferecer especialidades ao cliente | Reconhecer o potencial do cliente | Dançar para o cliente |
Dançar com o cliente | Satisfazer o ego do cliente | Elogiar o cliente | |||
MINIMIZAR AS VULNERABILIDADES | |||||
Negociar com o cliente o uso do preservativo | Usar preservativos | Passar gel lubrificante à base de água | Participar de oficinas de sexo seguro | Reconhecer doenças sexualmente transmissíveis (DST) | Fazer acompanha- mento da saúde integral |
Realizar campanhas sobre os riscos de uso de hormônios | Realizar campanha sobre os riscos de uso de silicone líquido | Denunciar violência física | Denunciar discriminação | ||
ATENDER CLIENTES | |||||
Preparar o kit de trabalho (preservativo, acessórios, maquilagem) | Especificar tempo de trabalho | Negociar serviços eróticos | Negociar preço | Realizar fantasias eróticas | Cuidar da higiene pessoal do cliente |
Fazer streap-tease | Fazer carícias | Relaxar o cliente com massagens | Representar papéis | Inventar estórias | Manter relações sexuais |
Dar conselhos a clientes com carências afetivas | Prestar primeiros socorros | Fazer compras para o garimpo (rancho) | Lavar roupas dos garimpeiros | Cuidar dos enfermos no garimpo | Posar para fotos |
ACOMPANHAR CLIENTES |
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Fazer companhia ao turista | Fazer companhia a cliente solitário | Acompanhar cliente em viagens | Acompanhar cliente em festas e passeios | Jantar com o cliente | Pernoitar com o cliente |
ADMINISTRAR ORÇAMENTOS |
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Anotar receita diária | Listar contas-a-pagar | Pagar contas | Contribuir com o INSS | Contribuir com a receita familiar | Separar parte da receita diária para poupança |
Aplicar dinheiro em banco | Abrir conta poupança habitacional | Investir em empreendi- mentos de complemen- tação de renda | Investir em pepitas de ouro | ||
PROMOVER A ORGANIZAÇÃO DA CATEGORIA |
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Promover valorização profissional da categoria | Ministrar cursos de auto-organi- zação | Apoiar a organização das associações | Fazer campanha de filiação | Realizar articulações políticas | Combater a prostituição infanto-juvenil |
Participar de movimentos organizados | Treinar multiplica- dores de informação | Distribuir preservativos | Contribuir para a documentação histórica da prostituição | Fomentar a educação geral | Fomentar cursos profissiona- lizantes |
Reivindicar fundos para profissiona- lização | Participar da organização de cursos de primeiros socorros | Reivindicar cursos básicos de línguas estrangeiras | Participar da organização de cursos de beleza e massagem | ||
REALIZAR AÇÕES EDUCATIVAS NO CAMPO DA SEXUALIDADE |
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Elaborar roteiro de teatro educativo | Produzir espetáculos educativos | Encenar espetáculos educativos | Conceder entrevistas | Aconselhar meninas de rua | Ministrar palestras na rede de ensino |
Ministrar palestras nos cursos de formação e reciclagem de policiais | |||||
DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS | |||||
Demonstrar capacidade de persuasão | Demonstrar capacidade de expressão gestual | Demonstrar capacidade de realizar fantasias eróticas | Agir com honestidade | Demonstrar paciência | Planejar o futuro |
Prestar solidariedade aos companheiros | Ouvir atentamente (saber ouvir) | Demonstrar capacidade lúdica | Respeitar o silêncio do cliente | Demonstrar capacidade de comunicação em língua estrangeira | Demonstrar ética profissional |
Manter sigilo profissional | Respeitar código de não cortejar companheiros de colegas de trabalho | Proporcionar prazer | Cuidar da higiene pessoal | Conquistar o cliente | Demonstrar sensualidade |
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
e ele se torna mais complexo quando se adicionam os julgamentos morais e preconceitos.Agora a pergunta, poque causaram-lhe:estranhamento?surpresa?e curiosidade?Fiquei curiosa..
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O estranhamento é mais pela distância que tenho do cotidiano da prostituição — e não me refiro especificamente à condição de “usuário”, mas ao exercício da prostituição em si.A surpresa fica na mesma categoria que o estranhamento, acabei sendo redundante. Já a curiosidade é sobre toda a gama de sentimentos, valores, inquietações, interesses, desejos e tantas outras questões envolvendo o cotidiano da prostituição, e aí sim, não apenas dos profissionais do sexo, mas tb dos seus clientes.
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seria eu politicamente incorreta se dissesse que admiro as/os profissionais e seus clientes??
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Ricardo,eu pensei que pela sua profissao voce tivesse bastante conhecimento e vivencia com a prostituicao e seus usuarios.
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Gwyn, nunca atendi profissionais do ramo, e o uso desses serviços nunca foi tema central ou com maior relevância entre os meus clientes.
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Claro que há diversos estudos abordando o tema, sejam estudos psicológicos, sociológicos ou antropológicos, mas o trato direto com a questão nunca apareceu na minha própria clínica.
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Por eu ser interprete atuando na area de saude muitas vezes ajudo as/os profissionais nas suas consultas (aqui o estado oferece a eles gratuitamente consultas e exames a cada 3 meses). E, sempre que trabalho com eles, no final sempre fica uma mistura de admiracao e falta de compreensao/curiosidade em relacao a eles.Admiro-os muito, na minha forma de ver eles tem que tem um despreendimento que eu acredito nao ter.
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O negócio deveria ser só gosta? fudeu, pagou. E pronto.Com ênfase no gosta, ok? Se for por prazer e não coação, pra mim tudo certo.
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Mas Nat, não dá para simplificar tanto assim, por mais que na sua fala vc pareça querer sobretudo descomplicar e atacar os falsos moralismos. Veja os detalhes dessa lista, em particular o item “atender clientes”. Tem muita coisa além de sexo nessa relação prostituta(o)/cliente…
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Ricardo, eu me expressei mal, deve ser a pressa. Estava mesmo me referindo ao falso moralismo. Não acho ruim essa série de “obrigações” da prostituta, afinal, depois que se regulamente uma profissão é necessário mesmo que tais atributos sejam definidos. O que quero sempre dizer é que ser prostituta é legal, mas a cafetinagem ainda é ilegal. Por isso deveria ser, gostou? faz. Por necessidade, jamais.
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Ricardo, há tempos eu escrevi sobre essa classificação. Juízos de valor à parte, qual é a outra categoria em que uma das atividades é “seduzir com o olhar, com apelidos carinhos, encantar com a voz” ou “conquistar com o tato”, “envolver com o perfume”. E satisfazer o ego do cliente. Se não me engano, há ainda descrição de lenços de papel e chicotinhos como instrumentos de trabalho. Um texto discriminatório, constrangedor e que, sinceramente, me parece de puro escárnio, composto para divertir quem o lê. E prostitutas não têm direito algum assegurado pela legislação trabalhista. Apontador de jogo de bicho, traficante, jagunço também não. Mas só os “profissionais do sexo” tiveram direito a tal privilégio pelo Ministério do Trabalho.Ou a atividade é marginal ou não é.
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Olga, não tinha pensado por esse prisma, justamente por conta dos participantes da confecção dessa lista. Não vi tanto em discriminação e sim em afirmação. Destaco entre os participantes o Flavio Lenz Cesar (jornalista do Beijo da Rua) e a Gabriela Silva Leite, além das instituições Associação das Mulheres Profissionais do Sexo da Bahia (Asproba); Davida – Prostituição, Direitos Civis, Saúde (Rio de Janeiro); Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (Gapa-MG); Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará (Gempac); Igualdade – Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul; e o Núcleo de Estudos da Prostituição de Porto Alegre. É muita gente engajada na atividade que estaria completamente equivocada, não?Bjs, aguardo a tréplica.
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Os participantes, Ricardo, podem até ter uma leitura diferente, mas o Ministério do Trabalho precisa decidir se existe esta categoria profissional ou não. Afinal, mendigo é profissão? Apontador de jogo do bicho, malabarista de sinal, isso tudo é profissão? Vendedor também agrada a cliente, mas não tem isso como atribuição profissional, creio. A seriedade desse pessoal eu não quero questionar, mas a gente bem sabe que quem vive de sexo geralmente é explorado e corre grandes riscos físicos. Acho um tremendo desrespeito com quem fez da prostituição uma maneira de ganhar a vida que o governo coloque a atividade como categoria ocupacional, ao lado de outras que são regulamentadas e estão sujeitas a normas diversas. Acho realmente que isso existe apenas para que a gente se veja tão moderno, tão liberal, tão oba-oba!
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Pode ser, Olga, o que vc me diz me põe para pensar. Ao mesmo tempo, há um movimento pela legalização da atividade que não encontra paralelo nos exemplos que vc deu. Prostituição segue não sendo crime no Brasil, ainda que quase sempre seja vista como atividade marginal, no sentido de “atividade de marginais”…Mas reconheço que não dá para ficar indiferente aos seus argumentos. Pensarei neles se voltar a tratar dessa classificação.Bjs
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Bem, acho que há uma mistura aqui ligeiramente confusa.Vamos lá, ser prostituta ou prostituto é uma ocupação no código de ocupações, isso lhe dá status de “emprego”. Uma profissão não é necessariamente uma ocupação. Para a profissão existir, basta que alguém a exerça.É necessário ter uma ocupação no código para ter sua carteira de trabalho assinada, por exemplo.Aí vem o outro problema. Uma prostituta não poderia ter sua carteira de trabalho assinada porque a prostituição não é crime, mas alguém ganhar pela prostituição de outrem, sim. Dá de um a oito anos de cadeia.Quanto à regulamentação da profissão, com normas e etc, é uma coisa muito mais complexa. Vejamos: Os físicos. Os caras estudam cinco anos para serem bacharéis em física, mais dois de mestrado e mais quatro de doutorado, no mínimo, para serem minimamente reconhecidos no mercado de trabalho e não têm profissão regulamentada, com Conselho Municipal, Estadual ou Federal, ou seja lá o que for, e Conselhos não são necessários para a regulamentação de profissões.Produção Cultural, por exemplo, minha profissão, também não é regulamentada.”Regulamentar nada mais é do que detalhar, via uma lei federal, o significado do Artigo 5o, inciso XIII, da Constituição, o qual define que todo exercício profissional é livre no Brasil, mas que, se for do interesse da Sociedade, limites a esta liberdade podem ser estabelecidos por meio de lei aprovada no Congresso Nacional.”
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Quero deixar bem claro aqui que em nada quis comparar os físicos e os produtores com as putas ;- )Só quis dizer que não dá pra necessariamente afirmar que a profissão de prostituta é uma ocupação e não é regulamentada apenas por uma questão de moralismo, ou de pseudomoralismo.Para regulamentar uma profissão há que se ter vontade política e, principalmente, representação política. Falta isto a muitas ocupações atualmente.
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Bom a prostituição é uma das profissões mais antigas do mundo e eu não vejo nenhum problema em regulamentá-la agora sim acho que profissionais do sexo já que foram regulamentados deveriam ter mais respeito da policia, pois os policiais chegam batendo isso pra que fiquem hematomas no corpo e não podermos trabalhar. Afinal quem ira querer garoto de programa cheio de hematomas?! Respeito por parte dos órgãos municipais por que não deixam ficar nas orlas que são as mais visitadas até mesmo por turistas e etc.
Então se está regulamentada ainda não vi muitos benefícios não! Colocar no papel é fácil o difícil é executar !
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Agora lá em cima no comentário de NAT eu concordo plenamente com ela! Como alguém vai assinar minha carteira de Garoto de programa se tem uma lei que barra isso?! Então há uma série de irregularidades que ocorrem com Classificação Brasileira de Ocupações! Então no caso não devemos levar em consideração essas Ocupações, pois é como eu acabei de explicar: “Fica tudo no papel”! Na verdade essa só é uma das maneiras politicamente incorretas de alguns políticos hipócritas de dizer que fez alguma coisa pela profissão, mas só quem trabalha nela que sabe que não mudou em nada! A rotina continua a mesma!
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Velho é complicado… Mas me remeteu a uma situação engraçada…
Então vamos lá:
Ao meu ponto de vista a culpa é desse pais que tem lei pra tudo. Apesar da moça acima (NAT) ter se corrigido, mas enfatizando a idéia de pagar, comer e pronto, eu concordo que tinha que ser simples assim mesmo. pq legalizando isso vc da brecha (literalmente e sexualmente tb… rsrs) para que as putas (e putos) sejam fodidos! (de novo? rsrs)
Imagina o caso:
Na sala do tribunal o protestante reclama com o juiz:
“Olha ela não me acariciou direito, dançou de uma maneira ruim, não obtive total prazer, o gel tava ardendo, a massagem não foi relaxante, não se depilou e ainda não saiu bem nas fotos.”
(e pra piorar) e eu posso provar pq tinha outro cara no quarto! (putz só ai ela já foi fodida 3 vezes! o cara no quarto, o cara no tribunal e ainda o amigo que é claro que não ia ficar so olhando e tirando fotos! hehehe)
Ai puta como “ré” (alguma idéia ai? Dar a ré? não não! é ré de réu! rsrs) fica do outro lado pensando:
“Filho da puta… (vixe… esses trocadilhos…) me comeu, me bateu, deu tapa, cuspiu, puxou meu cabelo, comeu meu C**, gozou em mim, o amigo fez tudo o mesmo e pior, depois vieram os 2 juntos ao mesmo tempo e terminaram de me arregaçar, pagaram uma mixaria e agora ainda me levam não pau (ta vendo? De novo!)! Assim não da!!!”
Ai o juiz (a) determina:
A foda foi 100 reais, mais os prejuízos e danos causados, mais o tempo que se passou vc vai pagar pra ele 2000,00 mil conto!
Ai essa vai ser a 1a vez que uma puta vai pagar pra ser fodida…
Fala serio!
Quer dizer, 1a de muitas pq aki no Brasil o negocio é levar na justiça… rsrsrs
Deve ter tb o lado contrario, mas como quem gosta de ser fodida é puta, é melhor deixar ela se fuder (vixe… trocadilhos demais! hehehe)
No mais acho que não deveria ser assim.
e concordo plenamente com o victor:
“no comentário de NAT eu concordo plenamente com ela! Como alguém vai assinar minha carteira de Garoto de programa se tem uma lei que barra isso?! Então há uma série de irregularidades que ocorrem com Classificação Brasileira de Ocupações! FICA TUDO NO PAPEL
políticos hipócritas de dizer que fez alguma coisa pela profissão, mas só quem trabalha nela que sabe que não mudou em nada! A rotina continua a mesma!”
Perdão pelos termos pesados e a brincadeira, mas é pra expressar que isso não parece ser muito bom não!
Abração a todos…
t+
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Senhores,
Vejo que lamentavelmente, mais uma vez perdemos nossos valores, nao refiro ao fato das pessoas venderem seus corpos, e sim o fato de que escolhemos regulamentar o problema do que resolve-lo.
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Olhar estreito o seu, a começar de classificá-lo como problema puro e simples.
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Caro,
Ao classifica-lo como problema não quis dizer que fosse simples , mas diante de tantos outros, este para mim mais uma questão moral, apesar de que homens também se prostituem, quando penso em prostituição me vem a cabeça a condição em que nós mulheres nos colocamos, como produto em uma prateleira esperando ser escolhido.
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