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— Um pouco culpada, sim. Só um pouco, só por causa dos meninos.
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— Não, nem tente. Eu não quero entender. Ainda não.
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— Eu sei que dói. Não sou essa escrota que você pensa, dói em mim também.
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— De novo essa história?!? Não me compare, porra!, não sou a imbecil que disse aquilo, não precisa repetir! …
— Para, por favor…
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— Tava demorando a dizer isso! Agüentou… deixe-me ver… dez minutos sem perguntar se não sinto falta de trepar com homem, se um pau, o teu pau!, não me faz falta… É trepar sim!, é pau sim! Vai moralizar o que eu digo?!?!
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— E agora, vai perguntar mais o quê, se ela me come direito?!? É bem a tua cara se preocupar com isso, pra depois emendar com essa sua psicologia de botequim, dizendo que “compreende”… Vou te dizer: você nunca entendeu nada! E antes que você sugira a babaquice, não, nada feito. Se tá querendo isso, procure duas putas. E depois chore no ombro delas.
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— Quer mesmo saber?!? Então comece tirando essas idéias imbecis da cabeça. Apague esses seus clichezinhos de merda, esse troço de que depois dos cinqüenta as mulheres da minha geração blá-blá-blá, blá-blá-blá, e que você, na sua “superexperiência”, sabia que aconteceria comigo aquilo que nem eu mesma pensei… Detesto essa sua onipotência de merda, até quando se sente na merda.
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— Tá, retiro os três “merda”.
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— Não, ainda é cedo.
…
— Não. Tarde demais.
É…sempre deixamos ser “tarde demais”…
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Timing nesse quesito (relações amorosas) costuma ser das coisas que mais falham…
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