Almoço de domingo, tempos atrás.
Início dos trabalhos: dois pastéis de camarão e alguns chopes.
Prato principal: carne assada com arroz, farofa, feijão e batata frita.
Sexto chope, o suficiente.
A vida é mesmo boa.
Sobremesa: uma generosa fatia de pudim de leite condensado. (Para viagem, por favor.)
A caminho de casa, uma parada: comprar ingredientes para um tabule, pois urge aligeirar o almoço dominical e dar volume ao jantar de segunda-feira. Ah, suco de tangerina (espremido na hora, dois litros), além de brioches e queijo, providenciais companhias para o café dali a 15 horas.
A vida segue boa, até chegar ao caixa, pagar a conta, pegar as compras e…
“Moço, moço!”
[E nada]
“Moço, moço!!”
[E] “pois não?”
“Essas maçãs… O senhor está levando as minhas maçãs…”
[Maçãs devolvidas à moça atrás de mim.
Até o dia seguinte, a vida deixou de ser boa.]
Ricardo, um off-topic se me permite.Vi que estás lendo Ornetti. Ja leu “A vida breve”? É um belíssimoíssimo livro, com a merecida hipérbole.
CurtirCurtir
Monsores, sou fã do Onetti desde que li El Astillero (O Estaleiro, uns 20 anos atrás. Já li mais dois, A Vida Breve que vc citou e Junta-Cadáveres. Recomendo os Contos Completos. Eu tenho em espanhol, mas já foi lançada a tradução em português.Abração!
CurtirCurtir